toco com dedos insensíveis
sons cruzados no crepúsculo
onde olhos bebem
saudades de despedidas
o vento empurra um homem
de bicicleta amarela, enferrujada
imagem inquieta
insaciável, manchada de resíduos
lentamente avança,
no solo orvalhado

deixa riscos determinados
que descem profundos, exaustos
silenciosa, atravesso
com o olhar místico
é imensa a mancha
pintada pela vôo violento das aves
então
secretamente recordo o homem
da bicicleta estilhaçada
l.maltez
13 comentários:
todos temos uma, ou nela viajamos. Bjs e;)
ou caimos.. para nos levantarmos e correr de novo...
Obrigado pelos adjectivos abundantes com que me presenteou...
Abraço
A. Cardoso
Ola:))
A viagem está perfeita.
Gostei muito!
Voltarei!
Beijo grande
Nós e a bicicleta de cada um. Beijinhos.
Olá Lena
Li alguns poemas e achei-os todos bons. Alguns deles, no entanto, revelam ainda um poeta significativamente maduro por detrás das palavras.
Gostei imenso da tua poesia. Vou ter que ler mais lá para trás... mais vai levar o seu tempo.
Beijinhos
Li mais alguns.
Mantenho o que disse, escreves muito bem.
Beijinhos
Lena, antes de mais peço desculpa pelo atraso na retribuição da visita (ando meio arredada até ao final do mês.
Estive a ler até Agosto e fiquei encantada com os teus poemas. Voltarei de certeza! Obrigada por estes momentos de pura magia escrita.
Um abraço.
Querida Lena,
Lamento, mas só vim para comentar, para já nada de posts ainda..., temo que a minha bicicleta ande um pouco estilhaçada tb e preciso de tempo para lhe colocar as peças no sitio e seguir viagem :)
Viagem lindissima essa que nos contas.
Beijokas
...venho agradecer e retribuir a amável visita :)*
Um poema que me traz recordações ;) beijinhos*
Vim retribuir a visita, gostei de ler... voltarei. :)
Um bonito poema. Beijos
«amo com palavras
abraçada a uma chaga
como se o amor fosse demência
ou doença perversa»
Da minha leitura dos poemas mais antigos destaco hoje as magníficas palavras que escreveste. É só mais um exemplo.
Beijinhos e boa semana.
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